Dia Mundial da Saúde Mental

por TV Câmara publicado 06/11/2018 11h35, última modificação 30/09/2021 09h12
Dia 10 de outubro é o Dia da Saúde Mental. É uma data criada em 1992 com objetivo de dar visibilidade à causa da saúde mental destacando o combate ao preconceito e a todos os estigmas que envolvem esse tema na sociedade.

dia mundial da saúde mental

No vídeo, o profissional que atua no CAPS, senhor Welis Falk usou a Tribuna Livre da Sessão Plenária da Câmara Municipal de Santa Maria de Jetibá do dia 5 de novembro para explanar sobre a importância de conscientizar a comunidade sobre Saúde Mental, como lidar e onde pedir ajuda.

 

Frente a uma doença, é quase sempre natural a busca por ajuda profissional. Se a pessoa quebra uma perna, vai ao ortopedista. Se o problema é uma infecção no olho, o caminho natural é o oftalmologista. Já se a questão passa por uma dor no ouvido, o otorrinolaringologista costuma ser a ajuda procurada. Mas e quando são as emoções que não vão bem? O que se faz? O medo do tabu, do preconceito e do estigma pode afugentar a busca por apoio. E é para debater este assunto que o 10 de outubro de cada ano é reservado ao Dia Mundial da Saúde Mental. A proposta é conscientizar sobre as questões que envolvem essa importante área da vida e mobilizar esforços para a prevenção. Neste ano, a Organização Mundial da Saúde definiu como tema “Saúde Mental no Local de Trabalho”. Como vão nossas relações e emoções no campo da atividade profissional?

A OMS observa que a globalização contribuiu para o estresse relacionado ao trabalho e todos os distúrbios associados. Segundo a entidade, uma em cada cinco pessoas pode sofrer algum tipo de condição de saúde mental no local de trabalho. É lá que se passa boa parte do tempo no dia a dia. Questões como redução da produtividade, faltas constantes, aumento dos custos de saúde e uso de substâncias prejudiciais são comuns frente às barreiras de falar sobre o assunto e não ser aceito.

Para a Organização Mundial da Saúde, colegas de trabalho e empregadores podem contribuir, e muito, nesta rede, atuando como agentes de mudança e estimulando debates de forma aberta sobre o assunto. A identificação de sinais de problemas comuns de saúde mental, como a depressão, e o incentivo para procurar ajuda são exemplos disso.

É comum o relato do assédio e do bullying no ambiente de trabalho, ambos com forte impacto negativo por estarem associados a problemas psicológicos e físicos. Se para a empresa é ruim, para o trabalhador é ainda pior e pode impactar tanto nas relações sociais quanto familiares. Conforme a OMS, a maioria dos riscos relaciona-se com as interações entre o tipo de trabalho, o ambiente organizacional e gerencial, as habilidades e competências dos funcionários e o suporte disponível para que eles realizem suas atividades profissionais.

Uma pessoa pode ter, por exemplo, habilidades para completar tarefas, mas não dispor dos recursos para fazer o que é necessário, sejam eles pessoais ou materiais. Há riscos, ainda, de acordo com o conteúdo da atividade, como o exercício de funções inadequadas para a competência da pessoa ou carga de trabalho superior ao suportável por ela.

Mas o que fazer para transformar o local de trabalho num ambiente mais saudável? A própria entidade lista alguns pontos importantes a serem observados, tais como boas práticas de comunicação e gestão, participação na tomada de decisões, políticas adequadas de saúde e segurança, apoio aos empregados, jornadas de trabalho mais flexíveis e objetivos organizacionais claros. A implementação de políticas de saúde deve incluir a identificação do sofrimento e o fornecimento de recursos para superar a situação, práticas organizacionais que apoiem o equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida, programas de desenvolvimento de carreira, reconhecimento e recompensa aos funcionários.

Neste contexto, o desemprego, sobretudo o de longo prazo, é um fator de risco para problemas de saúde mental, enquanto o retorno ou a conquista de uma ocupação são considerados protetores. Depressão e ansiedade são transtornos comuns que podem impactar diretamente a atividade produtiva. Muitas delas vivem com ambos.

Um estudo da OMS aponta que esses dois transtornos custem à economia global 1 trilhão de dólares por ano em perda de produtividade. Por outro lado, para cada dólar investido no tratamento e na prevenção e nas questões de transtornos mentais, há um retorno quatro vezes maior em saúde e produtividade melhoradas. Quer conversar sobre sua situação no ambiente de trabalho ou sobre outros sentimentos? Acesse cvv.org.br!

Leila
CVV Brasília

 

(TEXTO EXTRAÍDO DO SITE cvv.org.br)

 

Caso encontre alguém com Transtorno Mental que precise de auxílio:

CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - CREAS (27) 3263-4887

 

Se estiver em Surto (alteração de comportamento): SAMU 192

 

Se estiver em perigo (violência, abuso): Policia 190